Definição:
Insuficiência cardíaca é uma síndrome caracterizada pela incapacidade do coração em atuar adequadamente como bomba para fornecer sangue para o organismo. Isso pode ocorrer por alterações na função contrátil do coração ou por alterações do seu relaxamento.
Causas:
A insuficiência cardíaca pode se desenvolver como resultado de diversas agressões ao coração ao longo dos anos, que podem ocorrer de forma isolada ou em conjunto. Entre as principais causas podemos citar: 1) Infartos prévios – Leia mais em ANGINA E INFATO; 2) Hipertensão arterial (principalmente se mal controlada) – Leia mais em HIPERTENSÃO; 3) Associação de doenças (hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo, sedentarismo); 4) Doenças das valvas cardíacas (degenerativas ou inflamatórias, como na doença reumática); 5) Doenças congênitas; 6) Etilismo; 7) Peri-parto; 8) Toxicidade (por exemplo quimioterápicos); 8) Infecciosas (por exemplo Doença de Chagas)
Sintomas:
Os sintomas se manifestam pela incapacidade do coração contrair ou relaxar adequadamente, causando sobrecarga dos órgãos adjacentes.
Os principais sintomas são: cansaço / falta de ar aos esforços, intolerância ao exercício, falta de ar ao deitar, despertares noturnos pela falta de ar, inchaço das pernas ou abdômen, tosse seca, astenia.
Tratamento:
De forma geral, utiliza-se uma combinação de diferentes classes de medicamentos, que tem por objetivo atuar no remodelamento cardíaco e no incremento de força de contratilidade do coração, quando esta está prejudicada.
Além disso, deve-se atuar no manejo do excesso de líquidos no organismo, através do uso de diuréticos e orientações em relação à restrição da ingesta de sal.
Nessa etapa é importante definir a causa da insuficiência cardíaca, para identificar se existe algum tratamento / orientação específica além dos tratamentos citados acima. Nos casos de doença coronariana, avaliar a possibilidade de revascularização do miocárdio (cirúrgica ou com stents), no caso de problemas nas valvas cardíacas, avaliar sua correção ou troca.
Nos pacientes compensados clinicamente, a prática de atividade física é estimulada para melhorar a tolerância ao exercício e a qualidade de vida, sempre com liberação do cardiologista assistente e, de preferência, com acompanhamento adequado.
Complicações:
Evolução para piora progressiva da força contrátil do coração, levando à graves limitações físicas, aumento do risco de arritmias cardíacas e morte-súbita.